quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

PRÊMIO OUTORGADO A ESSA COMUNIDADE

O Prêmio Fidalguia foi elaborado para homenagear e incentivar os escritores de todos os gêneros literários, que optando por postarem seus escritos na Internet, transmudam-se em doadores de seus talentos e formadores de opinião.

O Portal Antônio Poeta e sua equipe, após ampla e exaustiva análise sobre o teor literário desta Rica Comunidade, vem por intermédio deste tópico, oferecer; outorgar a Marcelo Mourão, seus respectivos moderadores e todos os seus membros, o Prêmio Fidalguia, selo este, que confere a todos os que são agraciados por ele, qualidade e relevância de conteúdo.
Vocês estão todos de parabéns!

Habeas Corpus (Marta Peres)

Habeas Corpus
Marta Peres

enterrei minhas sobras
e sombras falantes
quando saí de tuas mãos
meus olhos que sangraram
ao segurar dores e gritos
hoje celebram a ressurreição

tortura imposta
pena cumprida
amores sem resposta
jazem dores em mim

apago erros, culpas
vasculho meu interior
nada salta, tudo é cinza
perdão não cura nem espanta
mas sobrevivi livre da tua prisão

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Selo da Amizade


Recebi um prêmio, um selo dos meus amigos Cairo e Denizis Trindade! A regra é repassar o Selo da Amizade para cinco blogs, isso foi fácil, porque já tenho os meus favoritos:

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

PELADA POÉTICA - JOGO RÁPIDO!


PELADA POÉTICA - JOGO RÁPIDO!


SABEDORIA POPULAR
(Calazans)


Nesta terra, veja bem,
se inverte o velho ditado:
quem tudo quer, tudo tem;
quem nada tem é roubado.

DE POUCAS PALAVRAS
(Gutman)


É grave a crise:
não jogo nem conversa fora.

NO DOS OUTROS É REFRESCO
(Mourão)


chifre? que molezinha!
tiro de letra
quando é na vizinha.

WIT
(Tornaghi)


as coisas não são o que vemos
as coisas nem são o que são
toda certeza que temos é vaidade
qualidade do que é vão.

O QUE SOBRA (Marcelo Mourão)

O QUE SOBRA
(Marcelo Mourão)

nascimento e morte
vida e morte
amor e morte

o nascimento se vai
a vida se vai
a morte chega
e não volta atrás
somos pedras
que (es)correm
para o adeus de gás

o nascimento vem
a vida ensina
a morte leva
e o amor segue
sempre sua sina
seja nessa ou
em outras terras

pra dizer a verdade
amor não se perde
amor se aglomera.

Sobre o ridículo dos relógios (José Calazans)


Sobre o ridículo dos relógios
(José Calazans)

Por que aprisionar nossas vidas
em correntes de meses, semanas, dias,
submetendo nossa existência
à ditadura das horas?

Por que nos deixamos levar
pelas voltas deste pião desvairado
que chamamos Terra?

Seria tão mais fácil esquecer os anos
e dividir nossa passagem por este mundo
em instantes de alegria,
explosões de emoção,
ou vivências inesquecíveis.
A Humanidade se entenderia melhor.

Quem me dera se eu pudesse
olhar bem fundo nos teus olhos
e dizer: “Tô com saudade.
Faz cinco sorrisos que não te vejo.”
E então matássemos toda saudade
contando o tempo em beijos.

Meu clube (Gutman)


Meu clube
(Gutman)

não sou sócio de nenhum clube elitizado, fechado.
sou sócio da vida, do trabalho,
do boteco da esquina,
do samba bem batucado.
da praia,
do sol no fim de semana,
das bandas de rua,
do carnaval, do chopp gelado.
sou sócio do dia ensolarado,
da noite chuvosa
e de se dormir bem acompanhado.
da amizade franca,
do amor, do sexo,
do que se entrega todo apaixonado,
da poesia e seus versos cadenciados.
não sou sócio de nenhum clube elitizado, fechado.
venha, pegue minha mão!
torne-se um simples associado!