sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mãos ao alto (Luíz Fernando Prôa)


Mãos ao alto
(Luíz Fernando Prôa)

como desligar o automático
quando no lábio o sorriso
é plástico


e cada palavra, mesmo sensata
não guarda emoção
é volátil


como voar sem ter asas
- essas que nascem dos sonhos -
quando o chão
é fato


e toda certeza é não tê-la
toda beleza é feia
e tudo parece
tão chato

dá para desligar a tristeza
quando ela entra na veia
e nos toma
de assalto

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